Com o avanço da tecnologia de DNA, testes de ancestralidade estão se tornando mais comuns. Embora não sejam sempre precisos, o consumidor de fato consegue descobrir algumas curiosidades genéticas básicas.
Kelli Rowlette, no entanto, teve revelações mais chocantes do que esperava quando enviou uma amostra de DNA para o site de genealogia Ancestry.com, ano passado.
Conforme relatado pelo portal BBC News, a americana ficou abismada ao descobrir que não tinha relação de parentesco com seu pai.
Inclusive, os resultados indicavam que o médico que realizou seu parto, 36 anos atrás, é que era seu pai biológico.
A surpresa
Inicialmente, Kelli ficou perplexa ao ler o nome de Gerald Mortimer como seu pai, tendo em vista que ela não sabia quem era aquela pessoa. A mulher achou que era um erro.
Foi somente quando verificou a sua certidão de nascimento que notou que esse era o nome do médico que havia assistido sua mãe durante a gravidez.
Ao dar a notícia aos seus pais, eles ficaram igualmente chocados, decidindo entrar com uma ação judicial contra o ginecologista e obstetra de Idaho Falls.
Caso criminal
Os pais de Kelli, Sally Ashby e Howard Fowler, estavam com dificuldade em conceber. O problema parecia ser uma baixa contagem de espermatozoides e uma condição uterina. Sally tinha um útero retrovertido, no qual o órgão se encontra em forma de raio. Não está claro como isso afeta a fertilidade.
Na época, o casal decidiu fazer uma inseminação artificial usando esperma do marido (85%) e de um doador (15%). Sally e Howard solicitaram que o doador fosse um estudante universitário com características físicas bastante específicas.
A ideia era de que a mistura de esperma levasse a uma chance melhor de inseminação, embora a ciência em torno desse método tenha gerado resultados mistos até agora.
De qualquer forma, ao que tudo indica, o Dr. Mortimer usou seu próprio esperma sem o conhecimento dos pais de Kelli. A garota nasceu em 1981 e, mais tarde, o casal teve outro filho sem qualquer assistência médica.
A ação
A família está processando o Dr. Mortimer por fraude, negligência médica, problemas emocionais e quebra de contrato.
A ação também cita médicos associados de obstetrícia e ginecologia de Idaho Falls, cujos membros supostamente sabiam sobre o comportamento de Mortimer.
O processo menciona ainda o fato de que Dr. Mortimer chorou quando a família de Kelli se mudou de Idaho Falls para o estado de Washington, o que sugere que ele sabia que a menina era sua filha biológica, tendo guardado esse segredo para si.
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